Enquanto a maior parte dos alunos atletas do NDU segue em isolamento aguardando o pico da pandemia de COVID-19 passar, os que estagiam ou trabalham em atividades essenciais estão com a rotina mais corrida o que nunca! Este é o caso da Carolina Minelli Martines, médica formada pela Faculdade de Medicina da USP que atualmente cursa o primeiro ano de residência em cirurgia geral no Hospital das Clínicas em São Paulo.
No mês de março, quando a pandemia atingiu a capital do Estado, Carolina juntou-se à força-tarefa do HC que realocou grande parte dos residentes do Hospital para o tratamento de pacientes infectados pela COVID-19. Desde então, ela atua na linha de frente contra o coronavírus, na enfermaria que atende pacientes transplantados contaminados com a doença.
Atleta de handebol e fã de Duda Amorim, Carolina disputa o Novo Desporto Universitário desde 2013 e já acumulou 5 títulos da Série A da competição com a Medicina USP. Ela também já atuou na linha de frente da Associação Atlética Acadêmica Oswaldo Cruz, como Diretora de Modalidade do Handebol. Diariamente ao chegar ao trabalho Carolina tem memórias de sua prática esportiva favorita. “Toda vez que entro no HC lembro do handebol, pois há uma espécie de placar na área médica com os números de internações em pronto socorro, enfermaria e UTI referentes àquele dia, além do número de altas’.
Se nas quadras o objetivo é sempre aumentar o placar, no hospital a intenção diária é somar altas e reduzir o número de internações. Riscos, disciplina e apreensão também fazem parte da rotina da atleta no trabalho. “Muitos residentes já se contaminaram trabalhando e temos que ter atenção total! No começo tive medo mas agora consigo lidar bem com isso”, revela a médica de 25 anos, que já estagiou na renomada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. A rotina diária no hospital fica um pouco melhor após os encontros com amigos e amigas nos intervalos dos turnos, pois muitos integrantes da Atlética da Medicina Pinheiros também trabalham no Hospital das Clínicas.
Carolina Martines aposta que uma das principais mudanças na prática esportiva após a pandemia será a adoção de protocolos de limpeza mais rígidos. “No começo os atletas ficarão apreensivos, mas tudo tende a se normalizar com o tempo. A pandemia vai mudar drasticamente os nossos padrões e condutas de higiene, que claramente não eram muito bons”, completa a atleta, que aguarda com ansiedade o retorno às quadras “assim
que a Covid permitir”.
Carolina é uma das milhares de profissionais da saúde que se arriscam diariamente para salvar vidas e zerar o placar da Covid 19 no Brasil. O NDU enaltece, valoriza e parabeniza todas as pessoas que estão na luta para melhorar este cenário, principalmente atletas e ex-atletas que já competiram em nossos torneios. Histórias como a da Carolina, se alinham à missão e ao propósito da entidade, que é transformar o esporte em uma das ferramentas de formação humana, cultivando valores e atitudes fundamentais à construção do cidadão consciente de seu papel na sociedade brasileira.
O Novo Desporto Universitário retomará as competições quando as autoridades de saúde estadual e municipal permitirem a prática esportiva, preservando a integridade de todos os envolvidos na organização do torneio. Assim que houver uma definição, as Atléticas participantes serão reunidas para apresentação de uma nova proposta de calendário e todos os ajustes que serão realizados para dar viabilidade à conclusão do 1º turno de 2020.